sábado, 2 de fevereiro de 2013

voaste.

Voaste como se tivesses asas, como se fosses mais, como se pudesses, efetivamente, voar. Já não reconheço o teu cheiro, já não sei bem a que sabem as tuas palavras, já não me lembro da cor dos teus dias, nem do quão gigante é o teu sorriso. Já não me lembro da força do teu abraço, muito menos do calor do teu beijo. Já não me lembro de nós. Aliás, lembro, mas não sei o que é sentir. Esqueci-me, entretanto, de amar. Já não sei como é. Dei tudo, fiquei sem nada. Levaste-me o amor, o carinho, a dedicação, os ciúmes, as lágrimas. Voaste e levaste tudo contigo. Não sei que quero que voltes, mas queria que me devolvesses esse amor inconsciente que gastei contigo, que despejei em ti.