sábado, 19 de novembro de 2011


Está frio. O céu está escuro e as nuvens pesadas, carregadas, quase tanto como eu.
Não importa, sento-me na areia molhada e descalço os ténis, atiro as meias para longe e deixo o mar molhar-me os pés. Está fria, fria como nunca.
Não sinto nada já, apenas um aperto inexplicável tanto quanto inevitável no coração.
Ouvem-se os trovões e, de quando em vez, aparecem uns clarões no céu capazes de iluminar até os becos mais escuros da cidade.
Deixei-me ali. Continuo aqui a desenhar letras em forma de rabisco. As lágrimas acabarão por transformar toda esta tinta da esferográfica preta num enorme borrão negro, imperceptível, mas continuarei.
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