domingo, 9 de dezembro de 2007

Medo do medo da tua breve ausência , talvez.

Tive medo de dar um passo, tive medo de falar, tive medo de respirar. Tive medo de não me conhecer, mais medo ainda que não me conhecessem. Tive medo da vida, do escuro, das vozes, dos gritos, das palavras ,do silêncio. Tive tanto medo de ter medo. Tive medo de me mover, tive medo que o relógio parasse. Tive medo que o mundo acabasse. Tive medo de deixar o quer que fosse por dizer. Tive medo da chuva, do céu, do mar , do tempo . Tive medo de me perder, e tive medo de me encontrar. Caíram umas lágrimas, tive medo delas.
Só porque te ausentaste durante minutos. Tive medo da tua ausência. Acalmei quando vi que estavas mais presente do que nunca. Mas tive medo .

Um comentário:

PNCS disse...

Boas.
Endereço-te os meus parabéns pelos textos que escreves.
Se já escreves assim aos 14 anos (14???), és bem capaz de te tornares um caso sério na arte da escrita.
Espero que continues.

Deixo-te com um pequeno pensamento do grande escritor Camilo Castelo Branco:
"... Os dias prósperos
não vêm por acaso.
Nascem de muita fadiga
e de muitos intervalos
de delento..."


PNCS