segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

2007


Nunca é nem será tarde demais para recordar o nosso 2007.
Para os que acreditam, talvez pelo sete no final. Para os outros, ou um ano como tantos, ou então a marca do destino.
O que é certo, é que acreditando ou não em números da sorte, e na sorte em si, este foi um ano de aprendizagens, de amores, de amizades. Foi um ano de vida, um ano de crescimentos, um ano de revelações, um ano completo; do bom , do mal e do'mais ou menos' .
Houveram vezes em que apeteceu desistir, outras que achei que o meu coração não aguentaria mais de alegria. Foi um ano cheio de juventude, cheio daquilo que gostamos, e do que não queríamos ter passado. Até aí, até nisso eu digo, Obrigada. Aos que estiveram, aos que não estiveram. A Deus , ao destino. A quem destinou tudo ( eu acredito no destino. )
Corri, saltei, ri , chorei, abracei, beijei, escrevi, li, disse, pensei, guardei, calei, amei, quis, ganhei, perdi,ouvi, cantei, gritei, agradeci, vivi. Vivi um ano que não foi como outros tantos, e acho que com o passar dos anos deixa - se de querer comer as doze passas, deixa - se de acreditar nos 12 desejos à meia noite do dia 31. Deixa - se que sonhar com sorte. Eu, pelo menos eu, aprendi que a sorte ou o azar estão há muito tempo definidos e a nós ( que afinal somos só pessoas no meio de Mundos dentro de um Mundo ) resta tentar construir e reconstruir não a sorte, mas a felicidade.
Mas muito do que foi o meu 2007 eu escrevi. Em folhas velhas que provavelmente estarão bem longe, escrevi no coração, na mente. Escrevi para muitos, escrevi para mim. Escrevi por necessidade de expressão, escrevi por prazer. Escrevi. Escrevi porque nesse acto encontrei definições incompreensíveis, inexplicáveis. Escrevi porque ao fazê - lo senti - me realmente bem. Escrevi não para agradar, escrevi não para me assumir. Escrevi por escrever até entender que podia passar para o papel as maiores barbaridades, mas até sabendo disso escrevi. As letras, as palavras, as vírgulas, eram e são soluções que eu nunca pensei o serem. É uma sensação de liberdade, de independência de sentimentos , mas em contra partida uma dependência única do teclado, da caneta, do papel. Duma folha velha e rasgada, dum lápis sem bico. É uma magia que eu não sei definir. Mas magia magia teve o velhinho , gasto e tão bem relembrado 2007.
Para este 2008 que já pisamos ( com ou não o pé direito ), não tenho grandes expectativas. Só quero continuar a correr, a saltar , a rir, a chorar , a abraçar, a beijar. A escrever, a ler, a pensar, a guardar, a calar. A amar a querer, a ganhar, a perder a ouvir e a cantar, a gritar, a agradecer e a viver. Quero muito continuar a ter a minha liberdade de expressar no primeiro papel que aparecer tudo o que eu não sei dizer, só sentir. Quero ter perto de mim uma caneta ou um lápis, uma folha ou um caderno. Um amigo, um amor. Uma vida.

Um comentário:

Anônimo disse...

Li e gostei, como sempre gosto de ouvir a tua voz e tudo o que tens para dizer. Digo-te para não parares, continua a escrever! Quem sabe onde a escrita te poderá levar?...
Não te esqueças que és uma miúda de muitas qualidades. Só te peço que não te percas!
Também tu e os teus amigos fizeram parte do meu 2007. Tive momentos inesquecíveis convosco. É pena não ser sempre assim, não é verdade!?
Com carinho,
Prof. Nat.