sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Não basta ser, para muitos é preciso parecer.
E ser não é querer assumir - se perante alguém, ser não é ser admirado nem adorado. Ser não é ter muitas pessoas que saibam o meu nome, ser é ter a capacidade de ser.
E a quem o diz fácil, ou a quem nem pensa se o é ou não, é porque não o é. Ou então é porque gasta demasiado do seu tempo a querer ser, mas a querer ser quem não é. E isso não é ser, é parecer.
Não é preciso parecer para ser, não são precisas máscaras. Não são precisas farsas nem falsas palavras. Não é preciso imitar, não é preciso copiar. Não é preciso gritar para que reparem na nossa existência. Quem é, é simplesmente. É porque sempre foi, não quis ser. É porque não se preocupa com aquilo que parece, é e sabe quem e como é. E ser não é grandiosidade nenhuma, não há prémio Nobel para quem é por simplesmente o ser, não há Óscar , nem aplausos. Mas há a enormíssima sensação de ser que pertence a cada alguém de maneira diferente. Isso pode não ser ser, mas parecer é que não é. E a compensação está aí mesmo, posso não ser grande, mas sinto - me assim apenas por saber que não pareço. Sou, e por menos que seja, sou. Sou , sou.

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