quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
um lugar qualquer.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Continuei. Esta estrada parece eterna , e eu tenho tanto medo de não sair daqui. Estou sozinha , sou nada. Sou ninguém. Passo por milhentas campainhas, e como flash lembro - me : ia ser altamente tocar e ir a correr para não me verem.
- Por favor, porque é que iria fazer isso ? Só o faço quando estou com os meus amigos, não há qualquer motivo para o repetir. Passei por mais umas quantas campainhas e nem olhei mais para elas, passei serenamente e continuei com os meus acelerados passos.
Vivi a ideia de que o Mundo pudesse aqui acabar. Deixando - me sozinha, sem nada, deixando - me ninguém.
Cheguei a casa, como se um rumo marcado. Não pensei se viria ou não, mas vim instintamente.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Porto.
São as suas ruelas perdidas sem qualquer rumo que me fascinam. A pobreza que se vê a olho nu, mas que de tão caracteristíca, se torna até, bonita.
As varandas a caírem de tão degradadas, as velhinhas a porem uma imensidão de roupas velhas a secar à janela, sem querer saber se aquilo vai ou não transmitir - nos uma imagem duma cidade estragada e viciada naquela imagem. E nunca a pobreza foi bonita de se fotografar, daí o carisma do nosso Porto.
Os velhinhos sentados em bancos a ler o jornal, outros , iludidos pela " alegria " do vinho, dão cambalhotas. Se caír ao rio, caíu. Os autocarros formam trânsito , os carros apitam, o rio fica calmo. Empresários vem à rua fumar o cigarro que o proibíram dentro do escritório, senhores e senhoras perdidos na esperança de deixar de serem pobres tentam vender a quem passa a maior variedade de relógios, ouros e "porcarias" que o são mesmo. O rio continua calmo. A vida corre , o relógio não pára. Eles riem elas observam. O rio está e estará calmo. ( É a alma que a água transmite .) É a beleza das situações que não se preocupam em ser ou não bonitas ( até pelo contrário ) . É a beleza natural, ou por ser antiga, por ser fascinante. Ou então vai dependendo dos olhos de cada um. A meu ver, é o fascinio das simples mas mais do que bonitas imagens ( tal como a flor , do outro post . )
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Os mais bonitos momentos das nossas vidas, não se caracterizam pelo local, pelo odor ou pelo som serem igualmente agradáveis. O bonito é tão subjectivo e irracional que a maneira mais bonita de pensar é que bonita é a vida. Bonitas não são as pessoas, porque muitas delas preocupam - se demasiado em serem , bonitas. Bonitas são as palavras, as cores, o céu, o sol e a chuva. Bonito é acordar e saber que sou feliz . Bonitas são as mínimas e ignoradas partes pequeninas da vida, como uma pequena flor. Pequena que só pela sua inocência agravantemente bonita se torna bem maior do que qualquer um de nós. Aquela coisinha com umas pétalas robustas de encantamento nunca se preocuparam se eram ou não, bonitas. E é por isso que o são, sendo - o ou não, são bonitas. São porque são, brancas, azuis ou amarelas, são flores, são sinónimo de vida , e como não podia deixar de ser, de beleza.
Se pensarmos , somos todos seres horríveis que nos desgastamos a olhar para o espelho para agradar os outros. A felicidade dos outros incomoda ( lhes ) ,a vida que levamos não é digna de ser vida. Vida é viver sem saber, sem conhecer. Vida é inocentemente embelezar o olhar de outro alguém sem se dar conta, vida é ser - se bonito sem intenção. Vida é ser , como uma pequena mas bonita flor .