quinta-feira, 3 de julho de 2008

Chegaste a casa ás horas que bem te apeteceu. Já havia desistido dos cafés, dos chás, da música, dos livros. Experimentei de tudo, só queria ver - te chegar.
Esperei quase cinco eternidades e não vinhas. Não me cansei a imaginar o que farias há tantas horas, inocentemente criei desculpas que te desculpassem a ti. Só a ti , porque desde há imensas eternidades eras só tu que me interessavas.
Acordei com o barulho dos teus passos, as tuas sapatilhas estavam cansadas dos quilómetros, das ruas e do resto. Fechei os olhos, e fingi dormir. Deste - me o beijo terno de sempre, que me fez perdoar - te as horas de um quase-sono no sofá. O chão estava repleto de chávenas, bolachas, CD's e o livro espalhado. Não me questionaste, nem muito menos eu a ti. Pegaste - me no colo, como se fosse uma criança. Deitaste - me do teu lado, e pousei a minha cabeça no teu peito : - " Onde foste , amor ? "
- " Fui provar - me a mim mesmo que não sei viver sem ti. Fui ter saudades tuas, para poder jurar - te agora que te amo ". - " Mas já não tinhas essa certeza? " - " Sempre tive, mas agora tenho com ainda mais força , meu anjo. Obrigada por existires . " - " Não queiras sentir saudades de novo, pensei que não vinhas ".

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