quinta-feira, 17 de julho de 2008

Já não são apenas frases feitas, ditas , reeditas e ditas de novo. Cansei - me delas como quem se cansa daquilo que se repete exaustivamente.
São frases sem sentido nem nexo, viciadas no vício que lhes forneço e perdidas nas ruas que eu encontrei um dia. São minhas, como se tivessem sido feitas para mim e esperassem a minha útil (ou não!) utilização delas mesmas.
Encho-as de eufemismos quando me convém, e hiperbolizo-as quando preciso de o fazer. São minhas, faço delas o que pretender e na maioria das vezes, uso-as a meu favor.Tenho esse direito, como outra pessoa qualquer. Se não me conformo, sou irónica até me darem razão. Com comparações e metáforas faço uma luta que só vê fim quando eu a vencer.
São apenas palavras, mas grandes e fortes palavras que são e fazem aquilo que eu pretender, onde, quando e com quem eu pretender. Vejo-as tal escapatória ao vosso Mundo , livro - me de vocês com elas, e elas, que são mais ( muito mais. ) do que todos nós, existem não para se afirmarem, mas sim para servirem ( -nos). Ninguém vê , ninguém as vê e no entanto, se não fossem elas, nenhum de nós seria o que é.
Não são inúteis, podem é ser em vão. Mas são palavras e merecem no mínimo o reconhecimento por serem, (apenas) palavras.

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