sábado, 23 de agosto de 2008

Onde estás, meu amor?

Sempre foste o príncipe dos meus sonhos e o rei do meu coração. Foste a alma mais bonita de sempre e quer eu queira quer não, o sempre vai estar sempre em toda a parte enquanto eu escrever de amor, de um amor, do nosso amor de sempre.
Todos as vezes em que não te tive, chorei porque precisei de ti, quando te tive e estavas do meu lado, agarrei-te com força porque tive muito medo de te voltar a perder. E habituei-me a agarrar-te com essa força, com esse carinho, com essa ternura, com esse amor. Habituei-me a ti, ás tuas palavras bonitas ao meu ouvido, ao teu cheiro, aos teus lábios, aos teus braços, aos teus olhos brilhantes, ao teu sorriso que me dizia tudo de ti, sempre. Habituei-me a admirar-te os passos e as conversas, habituei-me a uma rotina nossa que eu não me importava de repetir. Habituei-me a deitar-me sob o teu coração e a ouvi-lo com atenção, e depois comentar contigo que as batidas são duplas, como se a separar as sílabas do meu nome. Habituei-me ao beijinho de Bom dia , amor , ás conversas iguais a sempre, aos abraços sem fim. Habituei-me a cada linha do teu corpo e habituei-me à tua voz. Habituei-me a ti como se fosses eu. E sonhamos, sonhamos tanto com o futuro, estivemos na vida um do outro nos momentos bons e nos menos bons e acima de tudo amamos-nos em cada segundo. Juramos amor e prometemos eternidade.
E hoje, hoje que eu não sei bem de ti, e de ti só posso esperar um telefonema rápido, quase silencioso e estranho, tenho medo. Tenho medo porque foste tu que apagaste o brilho dos meus olhos com um erro imperdoável. E deixei-te ir, sem ter coragem para dizer que te amo acima do Mundo, e todos os dias, quando ouço a tua voz, forma-se um nó gigante na minha garganta e só me apetece desfazer - me em lágrimas, dizer-te que não vivo sem ti, que estou a morrer de saudades tuas e que te amo , muito. Mas o orgulho de sempre impede-me de o fazer, e fico o tempo todo a culpar-te no silêncio por toda a dor que me causas, mas quando desligas, o Mundo acaba e só me apetece ligar-te de novo, e dizer-te as palavras de amor que respiram verdade.
Enquanto não vens, enquanto fico sem saber nada de mim,nem de ti, nem de nós, procuro o teu cheiro nas almofadas, nas minhas roupas, em todos os cantos, espero uma mensagem tua ou um telefonema fora de horas. Mas tu não voltas, pois não? O tempo quer levar-te da minha vida, mas não deixes. Não deixes porque eu tenho muito mais para te dizer, muito mais para te amar e tu, tu tens um pedido de desculpas pendente pela ferida enorme que fizeste nos meus sonhos. O tempo do meu tempo está a destruir-me e eu a destruir-me ao nível dele. Não aguento porque me habituei a ti, à tua presença automática na minha vida e em mim. Habituei-me como quem nunca se quer desabituar, e hoje que preciso de ti mais do que nunca na minha vida, choro por desespero, e ninguém me ouve, ninguém vem, porque ninguém sabe. Ninguém sabe o quanto dói, ninguém.
Espero e desespero por ti, meu amor. Porque és tu quem dá a alma à minha vida, é do teu abraço que eu preciso para ter força, e agora, que estou perdida num lugar onde ninguém se encontra, peço ao livro divino para que isto seja só uma pequena vírgula, um pequeno momento de uma história bem grande.
Tu sabes, e eu sei tão bem quanto tu que estas são cartas que nunca irás ler, porque não saberás da existência delas. Por isso amanhã, quando o telefone tocar e eu for apoderada pelo meu horrível orgulho, não te esqueças meu amor, que te amo.

Um comentário:

Gabriela ~ disse...

Meu amor, nem sei o que dizer. Este texto está mesmo sentido e quase que consegui sentir em mim a mágoa que tu sentes a cada segundo que passa dentro de ti. É algo inimaginável eu sei. Achas que nem o mundo inteiro junto, poderia sentir o que estás a sentir. E pedes a tudo o que mexe para que isto que está neste momento a acontecer, que não seja o fim. não irá ser certamente, mas esse teu orgulho é perfeitamente compreensível. Ele que não deixe que o levem para longe de ti meu amor. Tens que acreditar que ele não vai deixar e tens que acreditar que daqui a pouco, o cheiro dele vai estar novamente presente nas almofadas, na tua roupa, em todos os cantos que possam exsitir. Vais ver que tudo vai voltar ao [i]até já[/i] que eu tenho acompanhado e esse [i]até já[/i], não vai durar meses e meses, anos e anos. Esse até já vai repetir-se por muitos anos mas sendo dito da boca de um e de outro, com o carinho de [i]sempre[/i], que tu tanto exprimes no texto. Vais ver que nada vai desabar e que o mundo não acabou. Não acabou porque ele existe e irá existir até ao [i]fim[/i]. Fim esse que não vai ser agora. Vai ser quando a terra vos separar e vai ser quando se irão juntar novamente num Céu só vosso. Um beijinho Filipa e espero que tudo corra pelo melhor. Eu estou e estarei aqui para ti, agora e [i]sempre[/i].